6º encontro de 2010 – Ocorrido em 26 de maio, na sala T-5 do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o encontro visou à análise e discussão do artigo Obstacles to the integration of ICT in education: results from a worldwide educational assessment, produzido por W.J. Pelgrum e apresentado pela bolsista de Iniciação Científica, Carolina Carmona Marques.
O encontro começou com uma conversa a respeito de maneiras de otimizar o envio dos e-mails com os textos para todos os participantes.
A professora Dilmeire comenta que é essencial pegar o contexto da idéia ao analisar um texto científico. O texto debatido nesse encontro foi produzido no fim da década de 90 e aceito para publicação após um ano, então é necessário que se observe isso no momento de ler e compreender esse texto.
A partir de agora, para tornar os encontros mais produtivos, o grupo decidiu que cada integrante deve destacar um parágrafo que achou relevante para ser dividido com o grupo. A professora Dilmeire destaca o primeiro parágrafo, no qual o autor comenta a importância do conjunto Educação, Tecnologia e Cidadania, ressaltando como os dois primeiros são discutidos como elementos relevantes para as mudanças sociais.
O segundo parágrafo, comentado pela aluna de Mestrado Elaine, traz como o crescimento rápido no acesso à internet fez com que os próprios governos se preocupassem em viabilizar uma nova quantidade de acessos.
No terceiro, lido pela aluna Rafaela Bortolin, o destaque é a importância das avaliações na utilização das TICS. A aluna de Mestrado Nara Pasinato comentou o quarto parágrafo e destacou como essa avaliação é relevante nos processos de concessão de verbas governamentais e investimentos em geral, levando o questionamento quanto até que ponto eles são realmente utilizados e têm resultados satisfatórios para professores e alunos.
O próximo trecho, lido pela aluna de disciplina isolada Brigida Karina Silva, rende uma discussão sobre as fases da pesquisa apresentada e como foram construídas as análises, além de abrir espaço para que fosse conceituado o que é um survey e suas diferenças para outros tipos de estudo. A partir disso, retoma-se uma perspectiva lançada na banca de defesa de dissertação da aluna Patricia, quando o professor do Mestrado e Doutorado em Educação da PUCPR, Peri Mesquida, comentou sobre as diferenças entre formação e capacitação. A repercussão entre as participantes do grupo é positiva e todas concordam com essa idéia de que são duas abordagens realmente diferentes e que essas peculiaridades, inclusive técnicas, são importantes para que não se incorra no erro de conceituar todos os processos envolvendo o profissional (professor) como “formação”, sem necessariamente refletir sobre as implicações disso.
A professora Dilmeire destaca a primeira planilha apresentada no artigo por suas diferenças com tabelas encontradas em outros textos científicos, destacando como a Educação na Sociedade Industrial fica alheia ao social, enquanto a Educação na Sociedade da Informação valoriza o contexto, as relações e influências dos pais e vários fatores que são externos à escola, mas a influenciam.
A bolsista de Iniciação Científica Jessica Gimenis lê o sexto parágrafo e levanta-se como, neste trecho, o autor mostra os indicadores da pesquisa e é onde se pode extrair o objetivo desse estudo.
A bolsista de Iniciação Científica Janice Prado destaca como a educação no passado era unidirecional: do professor do aluno e hoje esse modelo mudou, mas ainda não está muito claro. Também não existe receita de educação para o futuro e o autor aponta que a infra-estrutura e softwares dão suporte para a prática docente, mas precisam ser usados de maneira correta. Nesse trecho, o autor lança duas novas perguntas: “em que medida as escolas tem adotado objetivos e práticas que refletem a autonomia do aluno?” e nas “escolas, essa estrutura está disponível?”.
A bolsista de Iniciação Científica Carolina Carmona Marques lê a terceira e a quarta perguntas trazidas pelo autor: “que tipo de capacitação e apoio esses professores tem?” e “a direção da escola oferece um clima de incentivo ao uso das TICS no ambiente escolar?”. Também comenta-se a importância dos gatekeepers, lançada pelo texto.
A professora Dilmeire destaca a próxima parte do texto e explica quem foram os sujeitos dessa pesquisa (primário, baixo secundário e secundário superior) e os países que participaram do estudo.
A mestranda Elaine comenta sobre o parágrafo sobre o número de computadores nas escolas primárias e secundárias, as diferenças entre os custos de cada um dos equipamentos para um e outro contexto e como países pequenos (e com populações pequenas) têm uma relação facilitada para implementar as TICS. Também se chama a atenção para o fato, ressaltado pelo texto, de que todos os países ofereciam acesso à internet, mas isso não necessariamente significava que os estudantes a usavam.
Já a mestranda Rafaela sintetiza o próximo parágrafo a partir da observação de que os indicadores de tecnologia tendem a ser obsoletos no momento em que são estudados, o que mostra a velocidade com que informação e conhecimento se difundem atualmente.
A partir da próxima parte do texto, a mestranda Nara comenta como o autor relacionou os vários indicadores de sua pesquisa e a aluna de disciplina isolada Brigida ressalta os resultados observados entre os alunos (a partir dos objetivos da escola, que metas foram realizadas?).
A professora Dilmeire sugere que no próximo encontro o grupo retome e finalize a discussão sobre desse artigo, além de se concentrar no texto trazido pela aluna Janice. Há a sugestão de que, no próximo semestre, o grupo já comece o próximo semestre com um cronograma definido com as datas de apresentação de cada integrante. Assim, desde o início, cada participante poderá saber qual seu dia de apresentar o texto e se preparar com maior antecedência para isso.
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REFLEXÃO:
Novamente, foi recorrente a reflexão sobre o potencial das TICS na escola e como resultados positivos derivam, entre outros fatores, de uma estrutura administrativa escolar que facilite esse processo, uma capacitação de alto nível para esses docentes e uma equipe de apoio que possa dar respaldo para a ação desses professores ao incluir a tecnologia em suas aulas. Atualmente, esse modelo é muito distante do que temos no Brasil? Em Curitiba, como está esse processo? Como estamos trabalhando, em nosso dia a dia, no sentido de otimizar essa situação?
Participaram deste encontro:
- Pesquisadores:
. Profa. Dra Dilmeire Vosgerau
- Mestrandos:
. Elaine de Cássia Ferreira Siqueira
. Nara Pasinato
. Rafaela Bortolin
- Bolsistas de Iniciação Científica:
. Carolina Carmona Marques
. Janice Prado
. Jessica Gimenis
- Alunos de Disciplina Isolada:
. Brígida Karina L. N. Silva